terça-feira, 1 de julho de 2008

A GRAVURA ARTESANAL:

II - GRAVURA METÁLICA

A gravura em Metal é uma das mais antigas técnicas de gravura. Existem obras nesta técnica datadas de 1500, produzidas por vários gênios da Renascença, como o alemão Albrecht Dürer, por exemplo.

Estava no princípio ligada ao trabalho de ourivesaria, como obra de entalhe e desse modo voltada à ornamentação. O desenvolvimento de processos gráficos a partir do século XV, impulsionado por novas necessidades na realização de imagens impressas e na procura de técnicas que permitissem um trabalho gráfico da imagem impressa de alta qualidade e resistência às grandes tiragens e edições, encontrou no meio ligado à ourivesaria o ambiente necessário para o emprego de matrizes de metal e para o aparecimento das técnicas da gravura em metal. A gravura em encavo, assim denominada como oposição à gravura em relevo, deposita a tinta nos sulcos realizados pela gravação.

A maneira mais direta de fazer uma gravura em metal é com ferramentas, como a ponta seca - um instrumento de metal semelhante a uma grande agulha que serve de "caneta ou lápis". A ponta seca risca a chapa, que tem a superfície polida, e esses traços formam sulcos, micro concavidades, de modo a reterem a tinta, que será transferida por meio de uma grande pressão, ao passar por uma prensa de cilindro conhecida como prensa calcográfica, e imprimindo assim, a imagem no papel.

Nos meios indiretos, água-forte e água-tinta , os produtos químicos, conhecidos por mordentes (ácido nítrico , percloreto de ferro etc.) atacam as áreas da matriz que não foram isoladas com verniz, criando assim outro tipo de concavidades, e consequentemente, efeitos visuais. Desta forma o artista obtém gradações de tom e uma infinidade de texturas visuais. Consegue-se assim uma gama de tons que vai do mais claro, até o mais profundo escuro. Estes procedimentos ainda podem ser usados em conjunto.

FONTE:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gravura_em_metal

A GRAVURA ARTESANAL:

I - XILOGRAVURA

É uma técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução de imagens e textos sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo inversamente parecido com um carimbo já que o papel é prensado com as mãos sobre a matriz.
<== Xilogravuras do século XVI ilustrando a produção da xilogravura. No primeiro: ele esboça a gravura. Segundo: ele usa um buril para cavar o bloco de madeira que receberá a tinta

A técnica exige que se entalhe na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em seguida usa-se um rolo de borracha embebecida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura. Entre as suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo (linoleogravura) ou qualquer outra superfície plana. Além de variações dentro da técnica, como a xilogravura de topo.

A xilogravura é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VIII. Teve grande desenvolvimento na Europa, a partir do século XV, principalmente na Itália, na França e na Alemanha. No final do século XVII Juliana Gularte teve a idéia de usar uma madeira mais dura como matriz e marcar os desenhos com o buril, instrumento usado para gravura em metal e que dava uma maior definição ao traço. Dessa maneira Bewick diminuiu os custos de produção de livros ilustrados e abriu caminho para a produção em massa caseira de imagens pictóricas.

Atualmente ela é mais utilizada nas artes plásticas e no artesanato do Nordeste do país.

Xilogravura popular brasileira


A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura de cordel. Quase todos os xilogravadores populares brasileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel.

FONTES DAS IMAGENS:
http://www.galeriadegravura.com.br/idiomaingles/produtos_descricao.asp?lang=en_US&codigo_produto=384
GRAVURAS

Podem-se dividir as gravuras em dois grandes grupos:

1) as gravuras em relevo;

2) as gravuras escavadas.


As primeiras recebem a tinta de impressão nas partes salientes e são estas que deixam na superfície impressa o seu sinal: um exemplo simples e elementar desse tipo de gravura são os próprios caracteres tipográficos.


No segundo caso, a gravura recebe a tinta de impressão apenas nos lugares escavados, onde se deposita; são eles, por conseqüência, que determinam os lugares impressos, aparecendo em branco o resto do clichê. De uma maneira geral, pode-se dizer que a gravura em madeira é sempre em relevo, e a de metal sempre escavada, mas as diversas técnicas particulares podem ser exceção a esta regra geral.

Também é possível diferenciar as gravuras pelos seus meios de obtenção: nesse caso haveria, igualmente, dois grandes grupos. O primeiro seria constituído pelas gravurass que poderíamos chamar de "artesanais", isto é, feitas à mão em madeira, em metal e em pedra, por um artistaa ou técnico que não se valha de instrumentos auxiliares; o segundo é a gravura obtida por meios mecânicos.

Nos dias de hoje, a imprensa emprega quase exclusivamente a gravura mecânica; a artesanal tem aplicação praticamente reservada às obras de grande luxo, de tiragens limitadas e nas quais se dá à gravura um valor em si mesma, independente do texto.

FONTE DO TEXTO:

MARTINS, W. A palavra escrita.

FONTES DAS IMAGENS:
caracteres tipográficos:
gravura escavada:
ILUSTRAÇÃO E ORNAMENTAÇÃO DE LIVROS


Desde a mais remota antiguidade, o livro foi ilustrado. Encontram-se nos papiros desenhos coloridos; da mesma forma, os velhos pergaminhos gregos e latinos apresentavam freqüentemente ornamentos e desenhos, seja no início dos capítulos, seja no próprio texto.

Foram os baralhos que inspiraram a idéia de introduzir no livro as imagens ilustrativas, por onde se vê que não há mal que não tenha algo de bom. Nascendo com as cartas de jogar, a xilogravura tem origens longíquas, na noite dos tempos. Desse modo, é impossível estabelecer a data precisa em que esse processo de ilustração começou a ser utilizado; entretanto, pode-se dizer que o seu estudo só se torna interessante a partir do século XV.

A seguir veremos uma idéia sucinta e geral das diversas técnicas e do seu emprego.


GRAVURA

É definida como gravura todo e qualquer desenho reproduzido pela impressão sobre uma superfície capaz de recebê-la. Verifica-se, portanto, que a própria impressão de letras não passa, no fundo, de um processo de gravura, de onde se conclui que a idéia da impressão traz forçosamente consigo a da ilustração do texto, ou que é possível a impressão. Considerando que a palavra gravura tem várias designações, ela preferencialmente designa as diversas técnicas empregadas na ilustração.

FONTE DO TEXTO:

MARTINS. W. A palavra escrita: história do livro, da imprensa e da biblioteca. 2.ed.il. rev. e atual. São Paulo: Ática, 1996.

FONTES DAS IMAGENS:

papiro:
http://www.revele.com.ve/imagenes/papiro.jpg
baralho:
http://www.brasilescola.com/curiosidades/baralho.htm
http://www.revistaneuronio.com.br/revista/visualizar.asp?id=83&classe=emprego