sábado, 17 de maio de 2008

MAIÚSCULAS, MINÚSCULAS E VERSALETES


Em cada família estilística de caracteres, ou tipos, existem três variedades de letras:


As maiúsculas, que, no mesmo corpo, têm todas a mesma altura.
Exemplo:
A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z


As minúsculas que, em contraste com as anteriores, dividem-se em:

a) letras curtas (como o a, e,i,r);

b) letras longas (como o h,l,b,d);

c) letras descendentes, que se estendem abaixo da linha (como o j,p,q,g).

Os versaletes, que são maiúsculas curtas, isto é, todas iguais às maiúsculas de determinado corpo, mas da altura das minúsculas desse corpo. Noutras palavras, letra cuja forma é a da maiúscula, mas o tamanho da minúscula.

Os caracteres tipográficos podem ser classificados, segundo a aplicação a que se destinam, em quatro categorias:

=> Caracteres de imprensa, que são empregados na composição do texto, propriamente dito, dos livros e periódicos;

=> Titulares, letras ou caracteres que servem para os títulos, cabeços, inscrições, etc.;

=> Caracteres manuscritos, que imitam qualquer caligrafia.

=> Caracteres de fantasia, que apresentam, como adornos, filetes, símbolos e figuras.


FONTES DO TEXTO:
LITTON

http://pt.wiktionary.org/wiki/versalete

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FAMÍLIAS DE ESTILOS DE TIPOS


Era inevitável que, no decorrer dos cinco séculos da tipografia, se produzissem consideráveis mudanças nos caracteres de imprensa, devido a:

a) influência da época;

b) pressão da moda;

c) imaginação, capricho e preferências dos próprios impressores.

As diferentes famílias estilísticas de tipos podem ser classificadas em dois grandes grupos:


GÓTICO - a impressora de Gutenberg iniciou seu trabalho com um tipo de letra copiada da caligrafia que era utilizada na Alemanha, nessa época, para transcrição manual dos códices. A Bíblia de 42 linhas foi impressa numa variante chamada gótico-textura. Apareceram depois, diferentes variedades, cada uma com um nome que a associa, geralmente, a determinada publicação famosa. Atualmente, considera-se o tipo gótico como de difícil leitura, embora de inegável valor decorativo.

ROMANO - esta designação abarca todos os derivados dos tipos desenhados durante o século XV, pelos impressores de Roma e Veneza, os quais se inspiraram na caligrafia humanística. Caracterizam-se por sua beleza e legibilidade e são conhecidas inúmeras variedades do tipo romano, desenhadas e aperfeiçoadas por diversos artistas de renome. Os tipógrafos chamam o tipo romano de redondo, para distingui-lo do cursivo ou bastardinho.

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LITTON

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http://www.omine.net/img/gotica-main.gif
IMPRESSORES NOTÁVEIS - X

MORRIS


William Morris (1834/1896) impressor inglês, tentou dar novo impulso à tipografia, com uma pequena prensa chamada Kelmscott, seguindo as tradições dos artesãos antigos. Além de imprimir uma pequena coleção de obras-primas da literatura mundial, Morris desenhou e gravou vários tipos de letra para essas obras.


Adão e Eva, do "The Works of Chaucer", publicado pela Kelmscott Press, 1896









Venus e Adonis, dos "The Poems of William Shakespeare" Publicados pelos Kelmscott Press, 1893












FONTE DO TEXTO:
LITTON

FONTES DAS IMAGENS:
http://www.allposters.com/gallery.asp?startat=/getposter.asp&APNum=1584422&CID=48512699BF2443719C750D9CF22F0CA7&PPID=1&search=26828&f=c&FindID=26828&P=1&PP=6&sortby=PD&cname=William+Morris&SearchID=
http://www.allposters.com/gallery.asp?startat=/getposter.asp&APNum=1586823&CID=48512699BF2443719C750D9CF22F0CA7&PPID=1&search=26828&f=c&FindID=26828&P=2&PP=6&sortby=PD&cname=William+Morris&SearchID=
IMPRESSORES NOTÁVEIS - IX

BODONI

Giambattista Bodoni (1740/1813), impressor italiano. Filho de um pintor, serviu como aprendiz na prensa da Igreja Católica em Roma. Em 1768 ele assumiu a direção da Imprensa Real do duque de Parma. Nos anos 1780 ele estava projetando seus próprios tipos; o tipo Bodoni apareceu em 1790 e ainda está em uso, nos dias de hoje.
Ele tornou-se conhecido internacionalmente e colecionadores buscam seus livros. Seus trabalhos mais importantes incluíram edições primorosas de Horácio (1791), Vírgilio (1793) e a Ilíada de Homer (1808).
Foi também um excelente gravador de caracteres tipográficos, que conseguiu aperfeiçoar e superar os desenhos conhecidos até então. Distinguiu-se por suas edições in-fólio, com magníficas folhas de rosto e amplas margens, que constituem modelos de reconhecida beleza gráfica. Em 1775, imprimiu uma suntuosa obra de arte em 25 idiomas, intitulada Epithalamia exoticis linguis reddita, com 105 ilustrações. Na impressão de Oratio Dominica (Padre Nosso), em 155 idiomas, in-fólio, Bodoni empregou 215 caracteres diferentes, realizando ele mesmo todo o trabalho de gravura e fundição. Esta obra apareceu em 1806. Escreveu um Manualle tipográfico, cujo segundo volume foi dedicado inteiramente aos tipos correspondentes aos alfabetos não latinos, o que reflete seu interesse permanente pela tipografia das línguas orientais.
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LITTON
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IMPRESSORES NOTÁVEIS - VIII

DIDOT

O fundador desta ilustre família de impressores foi François Didot (1689/1757), nascido em Paris, que começou com uma prensa, em 1713. Uma das suas mais famosas obras é uma edição em 20 volumes (1747) de descrições de viagens de seu amigo, o abade Prévost.


Seu filho, François Ambroise Didot (1730/1804) melhorou a técnica de fundição de tipos e foi o primeiro a utilizar papel pergaminho para impressão (1780).
Um irmão deste e também filho de François, foi Pierre François Didot (1732/93) que é lembrado por uma edição in-fólio da Imitatio Christi, de Tomás de Kempis (1788).
Um neto do fundador, Pierre Didot (1761/1853) imprimiu versões muito ornamentadas de obras clássicas de Horácio e Virgílio e de seu contemporâneo Racine, conhecidas como "Edições do Louvre".
Firmin Didot (1764/1836), irmão do anterior, inventou um sistema de impressão, ao qual chamou "estereotipia", traduziu vários poetas gregos e latinos e escreveu diversas obras. Além disso, imprimiu edições minúsculas de muitas obras clássicas, para as quais gravou um tipo de tamanho muito reduzido.
FONTE DO TEXTO:
LITTON
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sábado, 10 de maio de 2008

IMPRESSORES NOTÁVEIS - VII

JOHN BASKERVILLE
(Worcestershire,1706-Birmingham,Warwickshire,1775)

Aos 50 anos de idade se dedicou a um novo passatempo, que o faria famoso: a tipografia. Sua intenção era produzir alguns livros que se tornassem, tanto possível, perfeitos. Aperfeiçou-se, primeiro, no desenho e fundição de tipos e, em seguida, dedicou-se à manufatura do papel e da tinta aperfeiçoando métodos, cujos princípios continuam vigentes até hoje. A esses preparativos dedicou sete anos, que precederam a impressão de seu primeiro livro, uma edição do poeta latino Virgílio, recebida calorosamente em todas as partes do mundo, o que lhe deu grande prestígio como impressor. Seu grande livro foi uma versão de O Paraíso Perdido, de Milton, em cujo prefácio Baskerville expressava seu desejo de produzir, apenas livros, de "mérito intrínseco", os quais "o público gostaria de ver elegantemente vestidos". Seu magnus opus foi uma Bíblia in-fólio, que imprimiu sob os auspícios da Universidade de Cambridge, obra qualificada como "um dos livros mais belos do mundo".
Baskerville imprimiu apenas 67 livros, quantidade relativamente pequena, mas já foi dito que ele se interessava unicamente pela qualidade. Embora seus livros fossem caros e só pudessem ser adquiridos pelos colecionadores de recursos, ele os vendia abaixo do custo, por um preço que não chegava a cobrir os gastos que sua impressão lhe exigia.

A maioria dos livros de Baskerville eram entregues em brochura, aos compradores, deixando ao dono a oportunidade de escolher o estilo de encadernação que mais lhe agradasse.
As obras desse impressor são notáveis pela simplicidade de sua tipografia, uma vez que não utilizou quase nenhuma ornamentação, conseguindo seus belos efeitos mediante a utilização racional dos espaços, a distribuição simétrica da matéria na página e a nitidez e a perfeição da própria impressão.

Os caracteres que utilizava, de excelente feitura artesanal e mecânica, constituíam, além disso, uma verdadeira inovação no desenho de tipos. Montou uma pequena oficina em sua casa, que se poderia praticamente, classificar como de um amador, e nela realizava todas as etapas do trabalho, dedicando a cada um dos seus aspectos o mesmo extraordinário cuidado. Sua habilidade e dedicação permitiram-lhe produzier, em sua pequena prensa manual, verdadeiros tesouros da tipografia, que são hoje apreciados, em todo o mundo, por aqueles que prezam os belos livros.

Fontes do texto:

LITTON

FONTE DA IMAGEM:

http://www.birmingham.gov.uk/Media?MEDIA_ID=197321
IMPRESSORES NOTÁVEIS - VI


WILLIAM CASLON (1692-1766)
iniciou sua carreira em Londres, como gravador de armas de fogo; em seguida, dedicou-se à encadernação e, posteriormente, à fundição de tipos, abastecendo os principais impressores de seu tempo. Em 1720, Caslon desenhou e fundiu os tipos para uma edição árabe do Novo Testamento. Seu filho e seus netos seguiram o mesmo ofício, como o fizeram Estienne e os Didot.

Em 1763, Caslon publicou um livro com mostruário de tipos por ele desenhados e fundidos, o que justificava pela enorme aceitação de que gozava. Existe um lema, entre os tipógrafos, que diz: "Em caso de dúvida, utilize o tipo Caslon". Essa recomendação ilustra a grande receptividade de seus desenhos para todos os fins. A popularidade do tipo Caslon confirma-se pelo fato de nele ter sido impressa mais da metade dos livros premiados, há alguns anos atrás, pelo Instituto Norte-americano de Artes Gráficas.
FONTE DO TEXTO:
LITTON

FONTE DA IMAGEM:
http://www.gutenberg.org/files/20393/20393-h/images/49.jpg
http://www.nicksherman.com/degreeproject/images/caslonSpecimen.jpg
IMPRESSORES NOTÁVEIS - V


CHRISTOPHE PLANTIN

(Saint Avertin, perto de Tours, 1514 - Antuérpia, 1589) - Célebre impressor nascido em Saint-Avertin, próximo de Tours (França). Com aproximadamente 35 anos decide estabelecer-se em Antuérpia, em 1549, onde um acidente o fez renunciar ao mister de encadernador, que trocou pelo de impressor. Esta atividade, permitiu-lhe alcançar uma notável fama através da publicação de missais e livros de música. Publicou obras de considerável mérito, entre as quais uma Bíblia em latim, outros textos em grego e latim e um dicion[ário poliglota. Encomendou tipos aos melhores fundidores da Europa e, em 1567, publicou um livro de mostruário de tipos, que dá uma idéia da envergadura de seu negócio. Mas a sua obra mais importante, e que o consagrou definitivamente, foi a famosa "Bíblia Régia", encomendada por Felipe II de Espanha, que começou a ser impressa em 1568 e que terminou em 1572. Desta edição, em oito volumes e cinco línguas (grego, latim, hereu, caldeu e sírio), Plantin imprimiu 120 exemplares, dos quais 12 em pergaminho que foram entregues ao Rei. Em 1570, já Filipe II, a que se seguiu o rei de Portugal, lhe havia outorgado o título de arquitipógrafo real e as autoridades eclesiásticas desse país encarregaram-no da impressão de muitos livros litúrgicos.

Sua obra-prima foi uma Bíblia poliglota, cujo texto está distribuído em colunas paralelas em latim, grego, hebraico e caldeu. A publicação dessa obra, tão monumental, demorou vários anos, até que foi realizada uma substituição de Papa, porque o rei da Espanha não queria que ela fossa publicada sem a autorizaçaõ da Santa Fé e o pontífice anterior se opunha a isso. Depois de outros atrasos, ocasionados pela Inquisição, esta Bíblia foi publicada em 1580.

Em 1570, Plantin construiu o edifício definitivo onde instalou a sua oficina tipográfica, a que deu o nome de "Compás de Oro", porque tal era a representação do seu escudo e armas. Nesta oficina, continuaram a trabalhar os seus sucessores, nomeadamente o seu genro Moretus. O seu neto, Baltazar Moretus, foi um destacado tipógrafo tendo trabalhado com o pintor Rubens que gravou muitas estampas para os seus livros.

A oficina Plantin-Moretus existiu até ao ano de 1867, altura em que foi vendida por Eduardo Moretus ao município de Antuérpia. Aí foi instalado o famoso Museu Plantin-Moretus, talvez o mais completo museu gráfico do mundo.



FONTES DO TEXTO:

LITTON

DA IMAGEM

sábado, 3 de maio de 2008

IMPRESSORES NOTÁVEIS - IV


CLAUDE GARAMOND (1480-1561)





Garamond, mestre francês do desenho de tipos, nasceu na cidade de Paris. Começou a aprender o oficio sobre a tutoria de Antoine Augereau e de Simon de Colines no ano de 1510. En 1520 continuou sua aprendizagem sob a direção de Geoffroy Tory. Criou diversos tipos de caracteres - romano, cursivo e os famosos tipos gregos chamados Grecs du Roi - que foram utilizados na impressão e serviram de modelo a outros desenhistas durante séculos.
Garamond teve seus tipos usados e imitados na itália, França, Holanda, Alemanha e Inglaterra; costuma-se afirmar que foi ele, que com seus belos caracteres romanos e cursivos, inflingiu o golpe de misericórdia nas letras negras e góticas.

FONTES DAS IMAGENS E DO TEXTO:
LITTON
IMPRESSORES NOTÁVEIS - III

ESTIENNE

Esta família de impressores franceses é mais conhecida pela forma latinizada de seu nome Stephanus. Henrique Estienne (ou Henricus Stephanus), fundador da dinastia, iniciou-se na impressão em 1502 e apenas nos oito anos que viveu desde então, publicou mais de 100 edições, entre as quais figuram muitas obras de singular beleza. O seu trabalho incluía obras académicas e bíblicas para a Universidade de Paris, especialmente para a sua faculdade de Teologia, a Sorbonne. Com sua morte, em 1510, a viúva de Estienne casou-se com o principal empregado da firma, Simon de Colines, o qual teve a seu cargo a oficina, até que o primogênito do fundador pôde assumir a responsabilidade de dirigi-la.
Robert Estienne (Paris, 1503 – Genebra, 7 de Setembro de 1559), também conhecido pelo nome latinizado Roberto Estéfano ou Stephanus.


Seguiu a profissão do seu pai e do padrasto, o ofício da impressão. Pouco se sabe sobre o seu grau de escolaridade, no entanto, desde cedo na vida, ele aprendeu o latim, e também aprendeu o grego e o hebraico. Em 1526, quando passou a gerir a prensa que pertencia ao seu pai, Robert já era reconhecido como um erudito de elevado nível linguístico. Embora publicasse edições críticas da literatura latina e de outras obras eruditas, o seu grande interesse dirigia-se para a impressão da Bíblia. Robert Estienne tomou como objetivo pessoal restabelecer o mais possível o texto original da Bíblia Vulgata latina de Jerónimo de Strídon, traduzida no Século V. Imprimiu muitas edições da Bíblia em latim, grego e hebraico. Ficou especialmente conhecido por ter sido o primeiro a imprimir a Bíblia com a inclusão de capítulos e versículos numerados.

Estienne introduziu também muitas outras particularidades bastante inovadoras para o Século XVI. Ele fez distinção entre os chamados livros apócrifos e os considerados canónicos. Colocou o livro de Actos dos Apóstolos depois dos Evangelhos e antes das cartas do Apóstolo Paulo. No alto de cada página incluiu algumas palavras-chave para ajudar o leitor a localizar passagens específicas. Este foi o mais antigo exemplo do que hoje se chama títulos corridos. Em vez de usar os caracteres góticos, complexos, originários da Alemanha, Estienne foi um dos primeiros a imprimir a Bíblia inteira em fontes romanas, mais finas de mais fácil leitura, hoje de uso comum. Ele forneceu também muitas remissões recíprocas e notas filológicas para ajudar a esclarecer certas passagens bíblicas.

Muitos nobres e prelados apreciavam a Bíblia de Estienne, porque era melhor do que qualquer outra edição impressa da Vulgata. Em matéria de beleza e utilidade, a sua edição tornou-se padrão e foi rapidamente imitada por toda a Europa.

A inovadora engenhosidade e a habilidade linguística de Estienne não deixaram de ser notadas por Francisco I, Rei de França. Estienne recebeu o honroso título de Typographus regius, ou seja, "Tipógrafo Real", permitindo-lhe traduzir e imprimir obras em latim, hebraico e grego. Nessas funções, Estienne produziu algumas das que até hoje são consideradas verdadeiras obras primas da tipografia francesa. Em 1539, começou a produzir a primeira Bíblia hebraica completa impressa na França. Em 1540, introduziu ilustrações na sua Bíblia em latim. Mas, em vez das usuais apresentações fantasiosas de eventos bíblicos, comuns na Idade Média, Estienne forneceu gravuras instrutivas, baseadas em evidência arqueológica, ou em medidas e descrições encontradas no próprio texto bíblico. Estas gravuras xilográficas retratavam em pormenores assuntos tais como a Arca da Aliança, o vestuário do Sumo Sacerdote de Israel, o Tabernáculo e o Templo de Salomão.
Três dos filhos de Robert Estienne, Henry, Robert e François, tornaram-se tipógrafos ou impressores famosos. François, o terceiro filho, nascido em 1540 possuía a sua própria tipografia em Genebra, entre 1562 e1582, imprimindo numerosas edições da Bíblia em Latim e Francês, bem como algumas obras de Calvino. Alguns escritores franceses identificam-no com um tipógrafo de apelido Estienne, existente na Normandia para onde François alegadamente emigrou em 1582.

Robert, o segundo filho (1530–1570), começou o seu trabalho em Paris, por sua própria conta em 1556, e em 1563, tal como havia acontecido com o seu pai, recebeu o título de Typographus regius ou Tipógrafo Real. Envolveu-se especialmente na impressão de obras civis, não religiosas. Manteve-se fiel à Igreja Católica, recebendo assim o apoio de Carlos IX, conseguindo assim, por volta de 1563, restabelecer a tipografia do seu pai em Paris. A reimpressão que efectuou do Novo Testamento editado anteriormente pelo seu pai, similar em qualidade e elegância, é agora extremamente rara e valiosa.
Seu irmão, Charles Estienne (1504-64) era médico e docteur-regent da Faculdade de Medicina da Universidade de Paris. Escreveu várias obras sobre sua especialidade, que foram publicadas por seu irmaão. Assumiu a direção da imprensa, quando Robert se transferiu para a Suíça. Seus descendentes continuaram a atividade tipográfica até fins do século XVII.
FONTES DO TEXTO E DA IMAGEM:
LITTON:

IMPRESSORES NOTÁVEIS - II

Aldus Pius Manutius ou Aldo Manucio (1449/50 - 6 de feveriro de 1515), humanista e impresor italiano, fundador da Imprenta Aldina. Seu nome em italiano era Teobaldo Mannucci, porém é mais conhecido pela forma latina de seu nome, Aldus Manutius, adaptada para o espanhol como Aldo Manucio.

Foi um dos maiores impressores italianos de todos os tempos. Utilizou uma oficina que havia pertencido a Jenson e sua atividade, na impressão, caracteriza-se pelas múltiplas contribuições bibliográficas que realizou, entre elas:

a) criou novos tipos. Um deles foram os caracteres inclinados ou "itálicos", inspirada na escrita inclinada dos monges. Ocupa menos espaço no papel do que os caracteres usuais;

b) introduziu a utilização de tipos ornamentais;

c) reduziu o formato dos livros.

Os antigos livros eram grandes e muito pesados. Aldo teve a idéia de dobrar as grandes folhas de papel em 8, o que cria 16 páginas impressas, e o denomina octavo. Por isso o livro resultante era 8 vezes menor!

A redução do peso e do tamanho dos livros determinou que um amplo público tivesse acesso aos livros. Assim, a longa série de edições "comprimidas" de obras clássicas latinas era de formato "de bolso" e de preço acessível; foi muito imitada, sinal seguro do êxito que obteve a idéia original; e

d) utilizou ouro na impressão e decoração das encadernações.

A sua família continuou sua atividade até fins do século XVI.

FONTES DO TEXTO E DA IMAGEM:

LITTON

http://www.visit-venice-italy.com/history-printing-venice-italy.htm

http://es.wikipedia.org/wiki/Aldus_Manutius

http://es.wikipedia.org/wiki/Bastardilla

http://farm1.static.flickr.com/74/160029780_81ef7c64cf.jpg?v=0

IMPRESSORES NOTÁVEIS - I

Uma comparação dos incunábulos com os exemplos mais representativos da tipografia de hoje revela, à primeira vista, a evolução de muitas normas, durante os 500 anos do livro impresso. O progresso, no sentido de maior simplicidade e beleza, deve-se ao constante trabalho de alguns tipógrafos e editores. A evolução da tipografia não foi acidental; seu desenvolvimento é obra de uns poucos impressores de grande estatura em sua arte, que merecem especial menção:

JENSON.
Seu nome é também escrito como Nicolas Janson, Nicholas Jenson, ou Nicolaus Jenson.

Nicolaus Jenson (Sommevoire, Francia, 1420? – 1480) gravador francês e tipógrafo que desenvolveu a maior parte de seu trabalho na cidade de Veneza. O primeiro grande desenhista de tipos (considerado por alguns especialistas como o maior de toda a história da tipografia). Sua fama advém, sobretudo, da beleza dos tipos redondos que desenhou e usou, em sua oficina veneziana, em várias edições. Estas letras, chamadas "romanas", tomaram esse nome da cidade onde foram fundidas.

Jenson é conhecido por haver sido o criador da primeira tipografia romana para impressão, que serviu de inspiração e foi imitada por mestres impressores como Claude Garamond e Aldus Manutius. Produziu, em Veneza, uma série de edições com data de 1470; as primeiras, eram obras clássicas, mas, depois, sua produção foi diversificada. As 98 obras que publicou abarcavam uma grande parte da atividade intelectual de seu tempo, embora predominassem a teologia (29) e as obras clássicas (25). São obras-primas da tipografia que, durante séculos, foram admiradas e consultadas, como exemplos de beleza e simetria pelo desenho das letras.

Amostra das letras romanas de Nicolas Jenson, de uma edição de "Laertius", impresso em Veneza 1475.








FONTES DO TEXTO:
LITTON

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