segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

PRECURSORES DE GUNTENBERG


Acredita-se que a invenção da imprensa ocorreu com o uso dos tipos móveis. Durante muitos séculos, praticou-se a impressão de letras, números e outros caracteres em diversas formas e sobre diferentes materiais, como o confirmam antigas moedas, selos, xilografias e encadernações. Ou seja, o sistema de impressão não deu um "salto" entre os manuscritos e a imprensa de tipos móveis - nesse intervalo, foram desenvolvidas técnicas variadas de impressão.

Estas impressões e seus métodos já eram conhecidos no século XV, quando Gutenberg inventou o sistema de tipos móveis de memtal, que podiam ser utilizados como as letras do alfabeto, os números e outros caracteres, em todas as combinações possíveis para imprimir qualquer texto que se desejasse.

O conhecimento da evolução das formas de impressão que precederam à dos tipos móveis, é essencial para que se possa avaliar a obra de Gutemberg. Se os homens não estivessem familiarizados com esses processos mais simples de impressão, seria difícil que se pudesse chegar diretamente à tipografia.
ERROS
E
INTERPOLAÇÕES


Os erros eram comuns quando os copistas faziam transcrições. Afinal, errar é humano!!

Os autores se queixavam, com freqüência, dos copistas e as autoridades universitárias tiveram de tomar medidas, a fim de assegurar para seus alunos textos mais fiéis. No entanto, continuaram a aparecer erros, cuja presenaç, nos manuscritos, justifica o seguinte comentário.

Utilizavam-se os serviços de revisores para os manuscritos, prática que ainda segue, atualmente nas casas editoras, que se esmeram na beleza e precisão das obras que publicam.

O revisor medieval acrescentava, ao final do manuscrito revisto, uma legenda acompanhada de sua assinatura, como prova de haver corrigido o texto. Usou-se muito, para indicar tais revisões, a seguinte forma, escrita em latim, que era a linguagem cultural da Idade Média: Legi, enmendavi, contuli, relegi (Li, corrigi, comparei e reli).

As correções davam atenção especial à ortografia e à acentuação. Às vezes, quando o copista não entendia uma passagem em outro idioma (que, geralmente, era o grego), fazia uma advertência ao leitor nesse sentido: Graecum est, non legitur (Isto é grego, não foi lido).

Outras vezes, o copista ou o revisor, juntava notas ou interpolações ao texto que tinha sido objeto de estudo por parte de filologos e historiadores, que podiam oferecer novas considerações e influir na interpretação do próprio texto.

FONTE DA IMAGEM:
copista:
http://scuole.provincia.terni.it/marconibiblioteca/images/copista.gif

FONTE DO TEXTO:
LITTON, G. O livro e sua história.